O TIMONEIRO DO SUCESSO

ENTREVISTA A JOSÉ CARLOS FONSECA, TREINADOR DA EQUIPA DE FUTEBOL JUVENIL

Depois de somar por vitórias todos os jogos realizados até ao momento, com o melhor ataque e a melhor defesa do seu campeonato, a equipa de juvenis do Sport Lisboa e Olivais disputa no próximo domingo, contra o Olivais e Moscavide, o 19º jogo oficial da temporada.

A equipa técnica é constituída pelos treinadores José Carlos, Amadeu Matos, Pedro Pagamim e Cláudio Augusto, coadjuvados pelos massagistas Ana Cristina e Vergílio.

Forma a equipa um lote de 24 talentosos jogadores que dão pelo nome de Alexandre Manuel Paulo, André Soares Gomes, André Filipe Costa, André Pinto, Bruno Catarino, Carlos Daniel Moreira, César Rosário, Cláudio Sousa, Fábio Alves, Flávio Vilela, Ivo Pereira, João Francisco Antunes, Jorge Diogo Marques, Leandro Fernandes, Luís Filipe Costa, Luís Filipe Sousa (Capitão de Equipa), Marco José Pinheiro, Paulo César Alves, Paulo Portugal, Pedro Lobo, Renato José Martins, Ricardo Tavares, Ruben Filipe Bordelo, Tiago Luís Fernandes.

Para melhor compreendermos a forma de trabalhar da mais bem sucedida equipa do Sport Lisboa e Olivais na época 2005/2006, entrevistámos José Carlos Fonseca, treinador principal, tentando que nos revelasse a receita para alcançar o êxito desportivo.

Em que mês chegou ao Sport Lisboa e Olivais?
A minha chegada ao S.L.O. ocorreu no mês de Setembro, ainda antes do início do campeonato.

Viu de imediato na equipa de juvenis qualidades e potencial para fazer a época extraordinária que está a realizar?

No início, com o decorrer dos treinos, vi logo que tínhamos jovens com muito potencial para trabalhar.

Que mais se pode esperar desta equipa até final do campeonato?
Trabalho, humildade e pensar jogo a jogo.

Acredita sinceramente que a subida à divisão de honra já não vai escapar?
Penso que ao fim de 18 jornadas só com vitórias, estará iminente a subida.

Na primeira posição?
Se ficamos em primeiro?…… Ainda faltam algumas jornadas.

Só com vitórias?
Só com vitórias será um pouco difícil, porque manter esta prestação sempre alta durante tantos meses é um pouco difícil, mas não impossível e tudo faremos para que assim seja.

Destaca alguns jogadores como fundamentais para este desempenho ou o plantel no seu todo?
Não seria correcto estar a destacar um ou outro jogador. Tenho que dar os parabéns a todos os elementos deste plantel, pelo seu esforço, dedicação e sacrifícios que têm vindo a fazer. Todos os dias se levantam cedo para ir às aulas e por vezes os treinos acabam já muito tarde.

Que possibilidades teremos na divisão de honra, com equipas como o Benfica ou o Sporting?
Quando estivermos na divisão de honra o primeiro objectivo será alcançar a permanência. Os jogos com equipas como o Benfica ou o Sporting serão muito difíceis, mas não é impossível vencer.

Como consegue controlar a disciplina, as emoções e a ansiedade dos jogadores perante a quase certeza da subida, e manter a concentração jogo a jogo, sem baixar os níveis competitivos?

Procuro dizer-lhes que o jogo que vamos disputar é uma final e que ainda não chegou a hora de perdermos, e isso dá-lhes alguma força e ânimo, tirando-lhes a pressão e ansiedade para o jogo. No princípio falei com os jogadores explicando-lhes que, acima de tudo, era adepto da disciplina e não admitia faltas de respeito, quer fosse pela instituição S.L.O. no seu todo, quer ainda pelos adversários. Penso que a mensagem foi assimilada por todos os jogadores.

No decorrer dos treinos, dá mais importância à componente física ou técnico-táctica?
Nós, equipa técnica, Mister Amadeu, Mister Pedro e Mister Cláudio, trabalhamos todas as componentes nos treinos, tanto física, como técnico-táctica, como psicológica, uma vez que este trabalho tem de ser realizado sempre com continuidade, na tentativa de melhorar os processos de jogo.

Quantos elementos integram a equipa técnica?
Fazem parte da equipa técnica 4 elementos, eu, Amadeu Matos, Pedro Pagamim e Cláudio Augusto.

Acredita que é fundamental para manter a disciplina e os níveis competitivos estar rodeado de 4 pessoas?
Para haver disciplina não é necessário estar rodeado de muitas ou poucas pessoas, mas sim fazer ver aos jogadores até onde podem ir, e ter com os jogadores um relacionamento de respeito mútuo. No entanto, gostaria de fazer a minha homenagem aos elementos da equipa técnica Amadeu, Pedro e Cláudio, porque têm ajudado, e muito, com o seu trabalho e pela forma dedicada como se relacionam com os jogadores e pela forma como transmitem ao grupo a mensagem que queremos fazer passar. São grandes treinadores!

Caso existam, quais as carências que encontra nesta equipa de juvenis?
Carências ao nível do processo de jogo é provável que existam sempre, mas trabalhamos para que as mesmas sejam diminutas, tentando que os jogadores, no decorrer das partidas, façam a leitura do jogo, corrigindo, desta forma, as posições dentro das quatro linhas. Procuramos focar as tarefas que eles próprios têm que executar dentro do campo.

Projectos para o futuro?
Não tendo ainda um projecto definido para o futuro, gostaria, e vou tentar, levar esta equipa o mais longe possível. Se só com vitórias, tanto melhor. Penso que o número máximo de vitórias consecutivas nos campeonatos são 18, e como nós já igualámos este número, será legítimo pensar em bater esse recorde.